Esperando.
E você espera, não desobedece.
Quem você espera?, pergunta o vento
Estou me esperando voltar, você responde.
E aonde você foi?, retrucou a brisa
Eu fui procurar minha vida, minha razão de amar.
E se você não voltar?, indaga a névoa
É porque encontrei.
E se você voltar?, replicou a brisa
Esperarei.
E quanto tempo é preciso esperar?, desafiou o vento
Vou saber quando eu voltar.
O vento, impaciente, foi ventar em outro lugar.
A brisa, indiferente, foi refrescar outros campos.
A névoa, imponente, foi gelar outras relvas.
E você continua esperando.
Com a esperança de voltar.
*por Angela
*por Angela