sábado, 28 de agosto de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
Entre, mentes
*por Angela
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Ilusionismo literário
*por Angela
domingo, 16 de maio de 2010
O tempo e outras matérias
quarta-feira, 10 de março de 2010
Mulher multiuso: pontos e nós
E a MULHER? Mil e uma utilidades. Além de mãe, esposa, domésticca, operária, agricultora e cientista pode ser: cobaia, mula de carga, saco de pancadas, banco de óvulos, útero de aluguel, matéria prima e moeda de troca do tráfico internacional de escravos brancos.
-por: Ana Castle
terça-feira, 2 de março de 2010
Só
Uma hora ou outra você acaba fazendo essas indagações. Não só você, mas eles também.Eles principalmente.
É relativamente fácil aceitar o desprezo que alguns de seus conhecidos têm por você quando você mesmo os considera distantes. Você só pode seguir em frente e substitui-los por alguém que valha a pena. Ninguém é insubstituível. E acredite, para alguém, você é totalmente dispensável. Assim como também, para alguém, você é essencial.
Às vezes a sua pessoa importante também te considera importante. Outras vezes, acontece o contrário e vocês dois não se importam tanto assim um com o outro. Mas e quando isso não acontece? Quando não há reciprocidade. Quando a pessoa que lhe é querida te menospreza, esquece, ignora. Substitui você. Como reagir? Deve-se reagir, confrontar?
"Eu lhe dei meu coração, minha confiança, amizade, respeito, todo o meu amor. Por que os está devolvendo? Por que não lhe são suficientes?"
Em certo ponto da raiva ou indignação sentimos que fomos traídos. Traição é algo grave. É uma palavra pesada, forte. Uma palavra de significado total e não ambíguo. Não pode ser interpretada. Em amizades é intolerável, no amor inconcebível. No entanto, cada um tem suas regras. E para cada pessoa, também são diferentes. O que é para um, não é para você. E quando se está nessa situação, você é indefeso. Um réu das regras do outro. E você será julgado a partir delas.
Perdoar é algo muito difícil. Pra alguns, sequer existe. É um ato de amor e compaixão, muitas vezes. É algo que só sua alma pode fazer. Quantas vezes já foi perdoado? Quantas vezes já perdoou? Quantas vezes se pode perdoar alguém? Você sabe as respostas? Eu não sei.
Só sei que sou vulnerável a qualquer um dos meus amigos. E por isso me sinto só, apesar dos meus amigos.
- Refletido por: Angela
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Lie
Quantas mentiras você já contou na vida?
Quais foram os motivos que o levaram a mentir?
Diversos, talvez.
Valeu a pena?
Talvez você nem se lembre.
Às vezes não são necessariamente mentiras, mas omissões. Omissões são piores que mentiras, a meu ver. Ocultar a verdade por qualquer motivo o faz se sentir menos digno de você mesmo. Porque o momento de falar o que é certo passa e muitas vezes não volta.
Temos a mania de pensar que a verdade pode doer. Daí inventamos algo que não nos deixe tão tristes. Mas será isso certo? Amenizar uma dor com uma mentira?
Já ouvi tantas vezes:
"Não conta isso pra ele/ela senão ele/ela vai ficar muito triste. Inventa outra coisa pra dizer".
E se a verdade aparece e somos confrontados, dizemos:
"Eu não contei pra te proteger".
Bullshit. Por que se proteger da verdade?
A verdade nos faz bem. Por mais que não pareça. Por mais que nos faça sofrer.
Pensado por: Angela
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Sobre a brevidade das idéias
Puxei o fio da cabeça (idéias) fora do lugar e do coração acinzentado para tecer algumas observações sobre a duração das idéias, mais especificamente, sua brevidade.
Li ontem uma notícia sobre a idade dos blogueiros desde a invenção deste espetacular espaço de exposição de idéias. No princípio a maioria deles era adolescente, hoje, os adolescentes migraram para as redes sociais em que prevalece a exposição de mensagens curtas, adequadas para quem postará de um celular ou para quem não quer perder tempo digitando textos longos.
"Perder tempo digitando textos longos", aí está uma afirmação com a qual não concordo. Escrever é captar uma idéia e desenvolvê-la primeiro em sua mente, depois transcrevê-la para o suporte de sua preferência. O passo final e mais importante é levar a sua idéia ao conhecimento de outras pessoas, que através da leitura da idéia inicial tecerão as suas próprias idéias. O diálogo entre as idéias pode não ocorrer no mesmo suporte, mas na cabeça do leitor com certeza acontecerá.
A cabeça fora do lugar me remete a este problema coletivo que precisamos enfrentar. Encontramos um espaço que nos dá voz para expor nossas idéias e confrontá-las com o mundo, mas preferimos abreviar a oportunidade. Substituímos a reflexão pelos anúncios fragmentados de idéias plagiadas, pela descrição de que estamos indo tomar um café na esquina.
Para exemplificar e alongar, pensemos na seguinte situação: brevemente, anuncio em uma rede social que estarei em uma passeata gay na terça feira. Convido a todos para estarem lá também. Onde está a idéia? Eu posso estar indo à passeata gay para jogar ovos, posso estar indo porque sou gay, porque sou simpatizante, porque vou trabalhar dirigindo um carro-palanque, etc. Quem vai entender? Só quem me conhecer muito bem. Reduzo o meu público e reduzo o alcance das minhas idéias sobre o assunto.
O problema de abreviar o espaço das idéias é que as idéias nunca são curtas, são sempre longas, precisam ser explicadas, reviradas, remexidas até que se façam entender. Em definitivo, estou com o Millôr Fernandes quando ele diz que não escreverá em dez palavras o que se pode escrever em cem.
-por: Ana Castle
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Virtually
As pessoas adoram animaizinhos fofos. Adoram ainda mais quando eles são virtuais.
Por quê?
Porque eles não morrem.
Porque quando você tem que/quer viajar, não precisa se preocupar onde deixá-lo, com quem deixá-lo. Não precisa cheirar as fezes, não precisa se preocupar se eles vão morder seus móveis ou fazer xixi na sua cama.
No entanto, enquanto você dá seu amor virtual pro seu bicho virtual que não retribui em nada, a não ser a perda do seu tempo, vários animais estão em abrigos pelo mundo afora esperando um lar. Esperando um amor de verdade. Porque é só isso que eles procuram dar a você: amor incondicional. E não há nada mais feliz do que ao chegar em casa ser recebido por aquele ser peludo correndo a seu encontro com o rabo balançando e pulando em cima de você. Ele não se importa se você chegou tarde, cedo, se está sujo ou limpo, ou cheirando à bebida. Ele se importa com o fato de você ter chegado. Só isso. E assim ele pode demonstrar quanta saudade ele sentiu de você enquanto esteve fora.
Não limito isso aos cães. Mas eu conheço melhor os cães.
P.S.: New author ;D - Prazer.
por: Angela Faillace
Prólogo "introdutório" e notas explicativas que confundirão a poesia da prosa e prejudicarão a liberdade do leitor em entender o que bem entender
Então, meu não-desprezado amigo Tadeu me convida para ser co-colaboradora (não sou gaga, é neologismo. Será que cheguei primeiro neste vocábulo ou faço um plágio involuntário das invencionices de outra pessoa? Vamos fazer de conta que fui eu quem pariu a idéia) do seu novo blog. Não tenho Twitter. E eu não tenho mesmo. Mas posso vir a ter.
O que eu quero é esclarecer o quanto me causa admiração (apaguei “pasmo”, se aproximava mais da verdade, mas a verdade é uma coisa meio fora de moda, não acham?) a existência de gente capaz de captar a essência criativa das idéias do meu parceiro de blog. Não digo que ele seja um super gênio criativo que só nasce de mil em mil anos, eu é que ando desanimada com o grande número de bichos pouco-pensantes nascendo por este mundo.
E atendendo a única recomendação dele para me receber como co-colaboradora (!!!) “posta o que quiser e como quiser”, preparei esta singela (adjetivo babaca) postagem.
As causas obscuras e duvidosas - terríveis trocas de favores políticos, perigosas misturas entre o público e o privado - envolvidos neste conluio de mentes fica para o próximo capítulo* desta novela bloguelesca**.
(*) Anúncio enganoso
(**) Brincadeira com “novelesca”
(***) Nota das notas: estas notas são realmente necessárias?
-por: Ana Castle